Começamos um novo ano com velhas discussões. Ainda se questiona se vale a pena retomar as viagens corporativas, visto que nos adaptamos tão bem aos meios de comunicação e reuniões virtuais, como o Zoom, por exemplo. Afinal, viajar implica custos, tempo e riscos, enquanto uma chamada virtual é muito mais barata e prática.
A principal questão para uma empresa é avaliar o quanto de retorno cada uma dessas estratégias traz. Enquanto, em uma análise simplista, a chamada virtual pode ser menos custosa, uma viagem a trabalho pode trazer mais benefícios como: novos contatos comerciais, aumento de produtividade do colaborador viajante, estreitamento das relações com parceiros de negócios etc.
Por outro lado, temos a chamada “zoom fatigue” (em tradução livre, a fadiga do zoom), um problema atual que tem atingido milhares de colaboradores ao redor do mundo. Afinal, como um colaborador pode ser produtivo se está mentalmente cansado?
Neste artigo do blog, debatemos sobre as principais dúvidas dos gestores em relação ao cenário da retomada das viagens corporativas em contrapartida ao sistema de trabalho remoto. Aproveite para assinar a nossa newsletter e ficar ligado nas principais notícias do mercado de viagens corporativas! 😉
O sistema de trabalho remoto nos proporcionou mais segurança e conforto durante a pandemia. Foi possível estar em segurança, ao lado de nossa família, ao mesmo tempo em que nos mantínhamos produtivos. Com o tempo, as reuniões ficaram cada vez mais banais, substituindo, muitas vezes, um e-mail ou uma mensagem de texto bem escrita.
O excesso de reuniões tornou-se um problema para as empresas, que começaram a impor limites, regras e implantar boas práticas para diminuir essa carga entre seus colaboradores. Mesmo assim, o desafio perdura até os dias de hoje, virando, inclusive, piada em redes sociais. Você já deve ter ouvido o bordão famoso “esta reunião poderia ter sido um e-mail“, não é mesmo?
Numa reunião presencial, há de se analisar diversos outros fatores: há o tempo de deslocamento; é preciso preparar o local em relação à quantidade de pessoas, aos equipamentos necessários, o cálculo do tempo de fala tem que ser mais preciso, pois o colaborador precisa voltar ao seu posto de trabalho em seguida. Porém, a relação entre seus participantes é muito mais direta.
Quem assiste, não consegue se esconder atrás de uma câmera desligada; e quem fala pode perceber se sua fala está gerando desconforto ou sendo bem aceita pelos demais. Muitas vezes, entre uma pausa e um café, colaboradores que não costumam interagir têm uma oportunidade de trocar informações valiosas, de se conhecerem melhor ou até de criarem novos projetos, imprevistos anteriormente à reunião. Essas nuances do contato humano permitem que as reuniões presenciais sejam produtivas além do assunto tratado.
O grande problema das reuniões virtuais – ou melhor, o excesso delas – é que há pouco espaço para nossa atenção se desviar e processar aspectos diferentes. Estamos sempre numa mesma atividade de olhar a tela e ouvir atentamente, sem espaço para levantarmos tomar um café e dar uma pausa, por exemplo. O intenso contato visual também pode gerar desconforto, conforme uma pesquisa realizada pela American Psychological Association (APA). E a soma de muitas reuniões durante o dia, sem pausas apropriadas entre elas, nos leva a chamada “fadiga do zoom“.
Conforme explicamos anteriormente, o cenário pandêmico nos forçou a uma rotina de trabalho virtual. Dentro desse contexto, as reuniões passaram a ser numerosas e cansativas. Entende-se que a intenção era boa: uma forma de manter um mínimo de contato pessoal entre os colaboradores. Porém, o abuso da prática levou milhares de colaboradores ao redor do mundo a desenvolver um problema de saúde sério, apelidado de a fadiga do zoom.
Trata-se, basicamente, de um cansaço mental que profissionais sentem após longas horas de reuniões virtuais e rotinas de trabalho diante da tela do computador. O estudo da APA, citado anteriormente, levantou algumas causas possíveis desta fadiga:
A resposta é: depende. É importante haver equilíbrio entre as duas coisas. Nenhuma empresa deseja que seu colaborador esteja mentalmente cansado de viajar ou por conta do excesso de reuniões.
O ideal é refletir qual a melhor plataforma, analisando qual a complexidade do tema a ser tratado, qual a duração da reunião, os custos de cada opção e como ficariam os preparativos para tal. É prudente também consultar os envolvidos e tentar chegar a um consenso, afinal, reuniões híbridas – em que parte é presencial e parte é online – também já são realidade.
Analisar a produtividade de uma reunião apenas pelo seu formato é tentador, mas deve ser evitado. É importante que a empresa faça a análise desses índices de maneira aprofundada para entender onde estão os possíveis gargalos. Para entender melhor a análise dos indicadores na gestão de viagens corporativas, leia este artigo que já publicamos por aqui.
No geral, não vale a pena discorrer sobre o que é melhor: presencial ou online. Estamos num cenário de retomada das viagens corporativas, a ser observado já nos primeiros meses de 2022. Se pudermos aprender alguma lição com o surgimento da fadiga do Zoom, é que precisamos de estratégias inteligentes para evitar exageros dos lados: manter o equilíbrio entre uma rotina de viagens e de encontros virtuais pode ser muito mais benefício no longo prazo do que se imagina.
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