Mobility As A Service

Como a mobilidade corporativa deve se ressignificar?

O que é novo normal? Confira o que rolou na LIVE da VOLL sobre mobilidade corporativa no contexto da pandemia, em 2020!






Em busca incessante pela estabilidade, nossa sociedade continua falando sobre “o novo normal” — como nossas vidas pessoais e profissionais serão permanentemente alteradas pela pandemia do novo coronavírus — e, compreensivelmente, as políticas de trabalhar dentro de nossas casas (sim, o bastante discutido home office) têm formado o ponto de suporte para nossas discussões.

O trabalho remoto foi um indiscutível facilitador crítico da continuidade comercial e econômica de países e organizações durante os primeiro semestre de 2020, e ele  pode continuar sendo para emergências futuras, especialmente agora que foi provado ser não apenas possível mas altamente interessante para corporações e profissionais.

Diante disso, temos visto nossos feeds de notícias sendo inundados com relatórios e projeções sobre para onde os profissionais que foram capazes de trabalhar remotamente durante as restrições de aglomerações e estímulo ao isolamento social vão se deslocar no futuro — um cubículo com paredes de acetato dentro de um grande escritório adaptado, ou a mesa da cozinha.

Para a nossa tranquilidade, existe uma ampla gama de oportunidades entre estes dois extremos. O espaço de trabalho já era interpretado como algo móvel, elástico e pouco rígido em organizações. E esta realidade não é necessariamente tão recente assim.

Empresas como o BeerOrCoffee, coincidentemente do segmento de workplace e facilities, começou suas atividades de forma remota, desde o dia 1. Em uma conversa calorosa no início do mês, uma de suas fundadoras, Roberta Vasconcellos, contou para a gente sobre como esta realidade de 2015, da fundação do negócio, se tornou um ponto de partida para centenas de organizações de todos os portes reinventarem sua forma de “ir ao trabalho”.

O futuro do trabalho é o presente do trabalho?

Um estudo recentemente publicado pelo Gartner indica que 74% das empresas pretendem oferecer a oportunidade de trabalhar de forma remota para seus colaboradores como meio de trabalho permanente, mesmo quando o ir-e-vir retomar nosso dia a dia. No Brasil, a realidade não é tão otimista, mas estamos próximos.

A Forbes publicou na última semana um artigo trazendo uma reflexão bastante interessante, a partir da análise de vários estudos que mostram haver uma relação direta entre trabalho em casa e produtividade. O autor Arthur Guerra, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), diz que “entre os benefícios que resultam em uma produção maior estão o fato de que não é preciso acordar tão mais cedo para enfrentar o trânsito e/ou transporte público para chegar ao escritório. Também é possível vestir uma roupa mais casual e confortável e, em tese, ter mais flexibilidade para cumprir as metas do que no ambiente formal de trabalho”.

O médico ainda aponta que é preciso fazer alguns alertas. Tenho visto muita gente trabalhar de forma alucinante, quase obsessiva, não se permitindo sequer uma pausa para um café ou para o almoço. Por estarem em casa, muitos se sentem pressionados a olhar as mensagens dos grupos de trabalho no WhatsApp do momento em que acordam até a hora em que vão para a cama. A falta de limites para as tarefas profissionais tem afetado inclusive as relações intrafamiliares.

Para confirmar o entendimento, uma pergunta é lançada: trabalho remoto é home office?

A verdade é que o home office é apenas uma das modalidades do trabalho remoto. Sobre o tema, Roberta Vasconcellos desenha seu conceito muito bem, quando fala que “o trabalho remoto nada mais é do que a liberdade de trabalhar de onde você quiser. Um dia na sede da empresa, que pode ser um escritório tradicional ou flexível. No outro, em um coworking perto da sua casa, ou da escola dos seus filhos e até em uma cidade do outro lado do mundo. E, quando necessário ou conveniente, em casa, no atual conhecido de (quase) todos, o home office.”

Para Roberta, “por mais que esse modelo esteja cada vez mais disseminado, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o trabalho remoto. […] Estamos vivendo um momento de ‘home forced’, e isso é bastante diferente da experiência que temos quando trabalhamos remotamente por escolha”.

Segundo ela, o futuro dos escritórios incluirá diferentes modalidades de formas de se trabalhar, não se restringindo ao home office ou à equipe presente integralmente no escritório da matriz. “O futuro do trabalho será híbrido, distribuído”, comenta Roberta.

Pessoas podem usar suas residências como locais de trabalho, mas também ter políticas de escritório que as permitam exercer suas tarefas e obter resultados com suas performances em diferentes pontos de trabalho. “O uso de espaços de coworking, por exemplo, é algo que se já se vê há alguns anos com mais predominância nas grandes cidades globais, inclusive no Brasil”, menciona Jordana Souza, Head de New Business da VOLL.

Confiança e autonomia: permitir que a equipe faça escolhas significa vê-la fazer as melhores

A partir do momento em que as empresas precisaram sair de suas estruturas físicas, seus conhecidos escritórios, e tomar forma ao redor do mundo, sendo representada por seus colaboradores, é impossível atingir grandes conquistas sem oferecer a este time, que precisa viajar, que precisa se movimentar, a sua confiança.

O conceito de mobilidade corporativa implica em permitir que as empresas, através de suas pessoas, possam se movimentar com a menor fricção possível. Isso perfaz o vaivém por aviões, ônibus e táxis, mas também abraça o universo do ambiente e do local de trabalho. A pandemia do coronavírus acelerou a forma como as companhias entendessem, de fato, a necessidade de serem organizações móveis e plásticas — e não apenas aquelas estruturas rígidas, do modelo brick-and-mortar predominante dos anos 90.

No entanto, o convite à ruptura ainda está em processo de digestão por parte das empresas brasileiras. O trabalho à vista, próximo da figura do gerente, ainda encontra algumas dificuldades. Além das questões apontadas anteriormente, há um quê de cultura que, no nosso ponto de vista, ainda merece ser debatido. “As corporações ainda precisam desenvolver melhor a confiança em seus times. Fala-se disso não apenas em questão ao trabalho remoto, mas também em relação ao uso de transporte”, comenta Jordana.

Ela ainda ressalta que “as empresas já vinham amadurecendo no conceito do trabalho off-sight, mas a pandemia convidou o mundo inteiro a antecipar esta virada e se aprimorar em tempo recorde para conseguirmos seguir com nossas atividades, com o menor percalço possível”.

A antecipação do futuro do trabalho

Roberta defende que “apesar de todas as perdas causadas, esta pandemia está nos ensinando a rever nossos conceitos pessoais e também profissionais”. Para ela, a ponderação sobre assuntos mais humanos (sobre bem-estar, qualidade de vida, saúde e segurança das pessoas) é algo todos nós poderíamos ter encarado com mais foco anteriormente, mas não o fizemos. “A mobilidade, no final, leva às pessoas um aumento em sua qualidade de vida e felicidade”, reitera.

É importante lembrar, também, que os ganhos com uso de mobilidade em um novo (ou atual?) formato de trabalho estão para além da esfera individual. Cidades e comunidades também se beneficiam com uma flexibilização na forma de estar e de se fazer presente para o trabalho. Os grandes centros urbanos poderão repensar sua estrutura de trânsito, visto que um volume menor de pessoas precisará se deslocar para trabalharem durante os horários de pico. “A rotina de 8h às 18h já está sendo repensada, e para que ela possa existir de maneira sustentável, é preciso que as empresas aprendam a lidar com a mobilidade sendo parte do novo ‘normal’ para o trabalho”, cita Jordana.

Sustentabilidade e mobilidade

Em termos de sustentabilidade (temos um artigo incrível sobre o assunto), o mundo tem visto um aumento expressivo no interesse e no uso de meios de transporte conhecidos como micromobilidade. Um artigo publicado recentemente pela VOLL, estuda que o principal fator que deve contribuir para o fortalecimento da micromobilidade é a adoção de alternativas ao transporte público. As preocupações sobre o novo coronavírus ainda devem se estender por um tempo, mesmo após a reabertura gradual das cidades.

A pandemia também despertou a atenção das pessoas para outras possibilidades de doenças que podem surgir no futuro, e deve criar uma maior conscientização acerca do distanciamento social, levando a uma busca cada vez maior por transportes alternativos, que minimizem as interações com outras pessoas.

Na Austrália, por exemplo, as vendas de bicicletas cresceram vertiginosamente nas últimas semanas. Segundo o jornal britânico The Guardian, as “magrelas” já estão sendo consideradas “o novo papel higiênico” no país. Além de um meio de transporte mais seguro para quem quer preservar a saúde, as bicicletas têm sido consideradas uma alternativa de atividade física, em um momento em que academias e outros centros esportivos não operam regularmente.

Em Nova York, poucos dias após a decretação da quarentena, em março, foi registrado um aumento de 50% nos deslocamentos de bicicleta. Aqui no Brasil, no entanto, esse movimento parece não ter começado ainda. De acordo com o último relatório da Abraciclo, a produção de bicicletas em abril caiu 81,4%, na comparação com o mês anterior. Esse é o pior resultado para o mês desde 2011, segundo a instituição.

Assista ao webinar completo

Para assistir a conversa na íntegra, clique aqui ou na imagem abaixo.

Webinar

Sobre a VOLL

A VOLL foi fundada em 2017, a VOLL é uma tecnologia completa para gestão de transporte corporativo, especialmente projetada para simplificar processos, otimizar custos e facilitar a mobilidade dos colaboradores de empresas de médio e grande portes.

Como a maior e mais inovadora plataforma de seu segmento, a VOLL é referência em mobilidade corporativa simplificada.

Parceiras dos principais players de transporte por aplicativo do mundo, sua tecnologia permite que as empresas, de forma customizada e a partir da sua necessidade de gestão e operação de transporte, forneçam aos seus colaboradores um único aplicativo para fazer, acompanhar e gerenciar seus deslocamentos a trabalho.

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