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Como a Copa do Mundo altera a rotina das viagens corporativas no Brasil?

Escrito por Luiz Moura | 13/09/22 08:11

Faltam menos de 100 dias para a Copa do Mundo que, este ano, acontece no Catar, localizado na Ásia, a quase 12 mil quilômetros de distância do Brasil. Mas, se por um lado, a sede do torneio fica bem longe de nós, o mesmo não se pode dizer sobre seus efeitos. Do outro lado do mundo, a Copa influencia bem de perto a economia brasileira e, mais especificamente, o turismo corporativo.

Isso acontece principalmente porque os jogos serão realizados em dias úteis, dentro do horário comercial brasileiro, com partidas que se iniciam às 13h e às 16h, durante a primeira fase. Embora não seja obrigatória a paralisação das atividades, a cultura do futebol fala mais alto no Brasil e muitas empresas pausam seu expediente nos dias em que a Seleção Brasileira entra em campo, o que interfere na produtividade.

No turismo corporativo, a tendência é que os viajantes que circulam a negócios e para eventos profissionais busquem datas alternativas às dos jogos do Brasil para visitar clientes, parceiros e se conectar com os seus próprios times e outros mercados. Em geral, as atividades essenciais continuam funcionando, mas o volume de viagens corporativas agendadas para essas datas costuma ser, pelo menos, 40% menor do que a média comum durante o ano. E o efeito não é apenas no dia da partida: é esperado que o volume de negócios seja reduzido durante toda semana, semelhante ao que acontece com as semanas encurtadas pelos feriados.

A consequência disso é a diminuição da procura por voos nesse período da Copa do Mundo, por parte do público corporativo. Essa oscilação de demanda deve influenciar nos preços das passagens aéreas.

Embora ainda não seja possível precisar a estratégia que as companhias vão adotar, elas podem aumentar os preços por causa da redução da busca do público corporativo, numa tentativa de fazer com que os voos se paguem, evitando prejuízo. Ou pode acontecer o oposto: ao perceberem que muitos clientes sumiram, elas façam promoções para aumentar a demanda.

Mesmo diante de um cenário incerto em relação aos preços das passagens aéreas, as empresas que planejam investir em viagens corporativas no segundo semestre podem se preparar desde já. Desenhar um cronograma fugindo das datas dos jogos da Seleção Brasileira é um bom começo. Assim como monitorar os preços das tarifas aéreas para não pagar caro demais ou, quem sabe, aproveitar uma boa promoção. Caso o valor das passagens de avião subam, pode ser útil um plano B de transporte, como locação de veículos, uso do carro próprio ou, até mesmo, o transporte rodoviário.

Parece longe, mas a Copa do Mundo já está alterando a rotina dos planejadores de viagens. Por isso, ficar de olho para aproveitar as oportunidades pode ser uma jogada de craque. No fim das contas, se preparar para um cenário que ainda é incerto é parecido com uma partida de futebol: no início do jogo não dá para adivinhar o placar, no entanto, é bastante estratégico que os jogadores conheçam o cenário para se prepararem para o desafio à frente.