Gestão de viagens corporativas

Os desafios de um gestor de viagens: entre o online e offline

Aprofunde seu conhecimento sobre viagens corporativas e otimize sua estratégia com a expertise da VOLL. Boa leitura



Os desafios de um gestor de viagens: entre o online e offline
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Por Bruno Melo Carneiro

Gestor de Viagens e Mobilidade na VIBRA Energia

Quando me formei em Turismo em 2002, não tinha ideia de onde estaria 20 anos depois. Eram muitos os sonhos e planos, mas nenhum deles passava pela gestão de viagens corporativas de uma grande empresa. Naquela época, meu desejo era trabalhar em hotelaria e, quem sabe um dia, seguir o caminho da docência.

Iniciei minha carreira trabalhando com Cruzeiros, mas logo depois fui para hotelaria, onde trabalhei em uma tradicional rede carioca. Comecei no departamento de reservas e pouco depois fui para a área comercial. Lá, trabalhei com grupos e eventos, coordenei as vendas de réveillon e carnaval, respondi RFPs, fiz site inspections e muito mais. 

Em 2009 fui convidado a ser revenue management (RM). Nessa época, pouco se sabia sobre RM. Eu já era responsável pela gestão dos canais eletrônicos da rede, mas aquilo era uma das minhas inúmeras atribuições e eu não fazia ideia que existia um cargo “só para cuidar disso”. 

A Booking tinha acabado de pousar em terras brasileiras e a Expedia e a Hotels.com eram os destaques dentre as OTAs. Foi um ano de uma experiência incrível, e teria sido muito mais se não fosse a oportunidade de ir para uma das maiores empresas do Brasil, a BR Distribuidora (subsidiária da Petrobras). Lá começou minha caminhada como Gestor de Viagens.

Em dez anos, fui gestor de viagens, gestor de frota e gestor de eventos. Com a privatização, em janeiro de 2020, fui convidado a voltar para a gestão de viagens, onde estou desde então. Muitas mudanças aconteceram nesses últimos três anos. Veio a pandemia e no meio disso tudo, a BR passou a ser VIBRA Energia. Apesar de treze anos já afastado, ainda trago, no peito, um carinho (e uma saudade) enorme da época de hotelaria. 

Aqui na companhia, trabalhamos com cerca de 1.000 hotéis diferentes em mais de 400 cidades pelo Brasil. Desde hotéis de luxo em redes hoteleiras internacionais até pousadas de administração familiar e independente. Nosso país tem cerca de 5.600 municípios de acordo com IBGE, sendo 17 metrópoles e 266 cidades grandes (+100 mil habitantes). Todos os demais municípios são considerados de pequeno e médio portes.

Hoje, um dos grandes desafios do Gestor de Viagens é oferecer conforto e segurança nas hospedagens de seus viajantes, sem abrir mão de um custo baixo para a companhia. Conseguir equilibrar este tripé (conforto, segurança e baixo custo) não é fácil. Além disso, se torna cada vez mais importante a digitalização dos processos.

E é aí que surge outro grande desafio: como encontrar bons hotéis em cidades de pequeno e médio porte nas plataformas digitais? E ainda mais que estejam dispostos a aceitar cartões virtuais como forma de pagamento? Existem 2 Brasis dentro de um só! O Brasil online e o Brasil offline.

Se esse desafio por si só já é enorme, o que dizer das tarifas dinâmicas? Como ex-RM, de fato, não posso negar que se trata de uma boa solução para otimizar as receitas dos hotéis, mas como gestor de viagens, confesso que fico receoso com o impacto que isso causará às viagens (e principalmente ao orçamento) das nossas empresas no próximo ano.

A única certeza que tenho é que ainda precisaremos ter empatia e conversar muito para entendermos os prós e contras deste processo, bem como para alinharmos as necessidades e as expectativas entre clientes e hotelaria.

Nunca foi tão atual essa história de pensar fora da caixa. A pandemia nos trouxe muitas reflexões e aprendizados, mas agora, o momento pós-pandemia está nos desafiando novamente – tarifas dinâmicas, tarifas acordo, digitalização de processos, RFPs, agregadores, integradores, meios de pagamento – talvez seja necessário desaprender para reaprender. 


Olá, eu sou o Luiz Moura, cofundador e CMO da VOLL!

Bruno, tenha certeza que seu texto é de grande inspiração para os gestores de viagens. Em qualquer etapa da profissão é possível se identificar com os desafios que você nos demonstrou tão bem! 

Aliás, ler textos como o do Bruno aqui no blog da VOLL me faz pensar no quanto somos sortudos por cultivarmos conexões tão inspiradoras. 

Com certeza, o mundo pós-pandemia ainda guarda muitas surpresas, mas é por termos pessoas como ele no mercado que sabemos que vamos superá-las juntos! 

E você, também está mais inspirado agora depois dessa leitura? Que tal ler mais conteúdos sobre gestão aqui no blog? 

Ah, fiquem atento! Em breve, novos convidados! 

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