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Metaverso: o que é e como já está impactando as empresas

Escrito por Jordana Souza | 28/10/22 09:00

O metaverso, junção do mundo real e digital, tem invadido as notícias desde que o Facebook anunciou, em outubro de 2021, que trocaria seu nome para Meta. 

Entretanto, não foi o Facebook que criou o termo metaverso. Ele foi citado pela primeira vez na obra “Nevasca/Snow Crash“, de Neal Stephenson, lançada em 1992. 

O Facebook, assim como muitas empresas farão daqui para frente, trabalha para ampliar seu público, expondo produtos e serviços em mundos virtuais

Isso mesmo, imagine que, além do mundo “de carne e osso” em que vivemos, também seja possível aproveitar comercialmente outro, com suas promissoras potencialidades.

O que é o metaverso?

Reforçando, o metaverso é uma junção do mundo real e digital.

Através da utilização de realidade aumentada em ambientes virtuais, podemos utilizar avatares que nos representam em situações semelhantes à vida real

Portanto, ele tem como intenção proporcionar experiências altamente imersivas, criando possibilidades de interação muito maiores do que somente conversar por mensagens e vídeo. 

Quando o Facebook mudou seu nome e começou a divulgar mais intensamente as intenções com o metaverso, o que mais foi divulgado era a capacidade de realizar reuniões online utilizando avatares

Um dos principais benefícios seria trazer mais proximidade e realidade para essas reuniões, excluindo a necessidade de nos encontrarmos presencialmente para nos conhecermos melhor. Isso traria, em tese, redução de custos para as empresas. 

Porém, o que se espera hoje dessa novidade é muito mais, mesmo que ainda não se tenha muito além de especulações. É uma situação parecida com o surgimento da Internet — no seu início, ninguém sabia ainda todas as mudanças que ela traria. 

Empresas de diversos setores já estão conquistando seu lugar no metaverso 

Atualmente, já é possível ter uma ideia prática do metaverso através de alguns jogos de videogame que o utilizam em dimensões menores. 

Neles, você pode assistir a shows de artistas famosos, comprar obras de arte e abrir uma conta no banco para utilizar a moeda digital “local”. Essas moedas, 100% virtuais, são chamadas de criptomoedas. 

E o que essas experiências citadas têm em comum? Empresas oferecendo seus serviços no mundo virtual. 

O Boticário, por exemplo, já possui uma loja no jogo Avakin Life e suas consultoras dão dicas para as fases seguintes da história. 

Já a Renner foi a primeira varejista de moda brasileira a garantir seu espaço no famoso jogo Fortnite. Ela fornece, no game, QR Codes que direcionam o jogador para sua loja na Internet. 

Quer mais um exemplo? Lembra que falamos dos bancos? O Banco do Brasil possui dois prédios no mundo virtual do jogo GTA, um deles sendo uma réplica fiel do prédio da sede, em Brasília. Lá é possível abrir uma conta, solicitar benefícios e até se passar por funcionário ou motorista de um carro forte. 

Você pode imaginar que lojas poderão, em um futuro próximo, vender os produtos de sua loja física no metaverso utilizando criptomoedas? Bom, isso já está sendo planejado.

Viagens corporativas terão espaço no metaverso?

Depois de saber de todos os exemplos citados anteriormente, fica mais fácil relacionar agências de viagem ao metaverso. Quem sabe, viajantes a trabalho não possam fazer suas reuniões por lá, sem precisar encarar longos trajetos em ônibus ou avião? 

O que os colaboradores poderão fazer para impressionar o cliente em um mundo virtual?  

Qual seria o papel do gestor de viagens corporativas nessa nova realidade? Lembre-se que a moeda utilizada para serviços seria outra, as formas de pagamento também e, consequentemente, o controle de gastos. Há muito o que se imaginar, não é mesmo? 

O contexto do metaverso através de dados

Uma pesquisa encomendada pela LeNovo indicou que 44% dos profissionais entrevistados se consideram prontos para trabalhar no metaverso. Ainda, 53% dos brasileiros entrevistados acreditam que a empresa onde trabalham está preparada o suficiente para implantá-lo. 

Os profissionais que já estão prontos para encarar este desafio irão gostar de saber que a espera não será longa. Segundo uma pesquisa da Gartner, já a partir de 2026, 25% das pessoas irão passar pelo menos uma hora do dia no metaverso, seja para trabalho, compras, educação, mídias sociais e/ou entretenimento.

Outro estudo, desta vez realizado pela Accenture, que contou com o Brasil dentre os países dos entrevistados, demonstrou que 50% dos consumidores estão interessados em comprar uma experiência de viagem, como um passeio turístico ou uma estadia num hotel, através deste novo recurso digital.

O futuro do metaverso

O metaverso tem tudo para ser uma virada de página, tanto para pessoas e empresas, quanto para a história da internet. 

Não há certezas quanto ao seu futuro, porém, uma coisa parece inevitável: ele chegará e mudará a forma como as empresas irão conquistar grande parte do seu público-alvo

Outro ponto essencial é que para extrair o melhor do metaverso é necessário que a conexão ao acessá-lo seja de uma qualidade superior, possibilitando uma multiplicidade de informações, em tempo real.

Nesse sentido, a implementação do 5G no Brasil está sendo um fator acelerador para nossa entrada nesse universo. 

Para se ter uma ideia, a latência do 5G (o tempo que leva para um pacote de dados ser transmitido) é 100 vezes menor do que o 4G, mais presente no momento. 

Portanto, é interessante começar, desde já, a estudar sobre essa tecnologia, traçando cenários onde seus serviços serão largamente requisitados. 

Quer entender um pouco mais sobre como a chegada do 5G está impactando não somente no assunto metaverso, mas também na mobilidade e fluxo de pessoas nas cidades? Leia a coluna da cofundadora e diretora comercial da VOLL, Jordana Souza: Revolução na mobilidade bate à porta com o 5G.