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#GuestPost: Gestor de viagens e o enfrentamento das dificuldades

Escrito por Amanda Doimo | 27/10/22 08:30

Escrito por Paula Mattos, gestora de viagens da Genial Investimentos

Olá, sou a Paula Mattos, gestora de viagens da Genial Investimentos. Sou formada em Turismo, pós-graduada em Administração e trabalho na área há mais de 20 anos.

Minha primeira experiência foi no call center da aviação VASP. Tive uma breve passagem pela área de Marketing de Relacionamento da CVC e logo embarquei no mundo das agências corporativas. 

Contratada para trabalhar com lazer na AVIPAM, em pouco tempo fui convidada para fazer parte do posto de atendimento corporativo no Citibank. Após 2 anos aceitei o desafio de trabalhar em uma agência menor, a Traveland, com um perfil diferente do mercado das grandes agências e que tinha um potencial único e enriquecedor, onde me aperfeiçoei como profissional. 

Em um momento de questionamento de carreira, voltei a trabalhar com o lazer no atendimento do American Express Platinum, na Primetour, e foi quando tive a certeza de que o meu mundo era mesmo o corporativo. 

Com a indicação de uma amiga que já tinha sido minha diretora, surgiu a oportunidade para estar do outro lado da mesa, onde encontrei um mundo a desbravar como cliente. Entrei na Genial (antigo banco Plural) para assumir e montar a área de gestão de viagens e cartões corporativos, e desenvolvo este trabalho na empresa há 10 anos.

 A rotina é bastante intensa, mas confesso que gosto desse ritmo.

A pandemia me trouxe a possibilidade de estar mais próxima da família na rotina do dia a dia e viver a relação com meus filhos de forma mais presente e participativa, claro, conciliando com as demandas de trabalho.

Com o retorno do formato presencial/híbrido, me organizei para entregar a melhor produtividade em cada um dos ambientes: no escritório priorizo as demandas mais estratégicas, analíticas e de relacionamento, e em casa foco mais nas solicitações operacionais e de controle. Assim, neste modelo, concilio meus diferentes papéis de forma mais presente na rotina familiar.

No home office é preciso saber administrar o tempo, e tem funcionado muito bem!   

Não tinha pensado em ser contratante até a oportunidade acontecer.

Das empresas que eu atendi, os gestores de viagens não se faziam tão presentes no operacional das agências, o que não me despertou o interesse e/ou a possibilidade pela função. 

Hoje, neste papel, procuro trabalhar de forma diferente, com o relacionamento mais próximo aos fornecedores da área, e vejo que os meus colegas gestores, com quem troco bastante no TMG (Travel Manager Group), seguem a mesma linha de aproximação com o mercado como um todo.

As incertezas trazidas pela pandemia nos fizeram avaliar o cenário de diferentes ângulos, trazendo ideias diversas e possíveis. O mercado sofreu, mas também se reinventou diante das dificuldades.

Apesar da paralisação quase total das viagens no primeiro momento, a função analítica e de relacionamento do gestor de viagens ainda era muito importante na perspectiva da retomada. 

Durante a baixa das viagens corporativas, mantive a empresa 100% atualizada sobre o panorama das viagens corporativas. Também reavaliei processos, aprimorei o sistema interno de relatórios e pagamentos de viagens e ainda participei do desenvolvimento e da operação de um evento da área em maior crescimento na empresa, o TI, o que me trouxe maior visibilidade.

Hoje me sinto fortalecida e confiante de ter realizado um bom trabalho.

O mercado de viagens teve grandes oscilações nos últimos dois anos e meio, o que nos exigiu pautar as decisões nos baseando no hoje, com uma expectativa incerta para o futuro próximo. 

Acredito que a pior onda passou, mas o turismo, principalmente o corporativo, ainda vive tempos de ajustes.

Hoje, a preocupação é com a qualidade do atendimento pós-retomada das viagens. Estamos pagando um valor alto por um serviço de baixa qualidade, ou até restrito, como é o caso de alguns aeroportos.

Para 2023 a atenção está voltada para um orçamento mais assertivo, na busca por prevenir as grandes variações do mercado.

Para isso, acredito que estreitar o relacionamento e a parceria com os fornecedores mais próximos é a chave para um planejamento mais preciso.