Entenda a cultura de compartilhamento e como ela movimenta a economia do mundo moderno
Entenda quais os tipos e rumos de economia compartilhada e como ela movimenta a economia do mundo moderno neste artigo do blog VOLL. Leia mais.
Com certeza você já reparou que, cada vez mais projetos, serviços e ideias voltadas para a experiência de compartilhamento estão surgindo. Pois é, estamos em um momento de muitas mudanças. Um tempo em que a posse está se tornando menos importante que o acesso. A cultura do compartilhamento tem crescido muito e transformado profundamente o mercado, impactando a economia e a vida de todos.
Sharing economy (Economia compartilhada) não é algo novo: em 2001 foi divulgado pela revista Time como o termo do futuro. Desde então, empresas de grande porte e sucesso como Airbnb e Uber massificaram a ideia, sempre aliada ao digital, de que compartilhar é o melhor negócio, e os resultados comprovam esse crescimento.
Mas, afinal, depois de algum tempo, quais os tipos e rumos de economia compartilhada?
O crescimento é evidente, muitas pesquisas mostram maior aceitação por esse tipo de serviço e dinâmica de consumo, principalmente por novas gerações. Um estudo de 2012 realizado pela Campbell Mithun, uma agência de publicidade de Minneapolis e a Carbonview Research, concluiu que 62% dos indivíduos da Geração X e da Geração do Milênio se sentem atraídos pela ideia de compartilhar bens, serviços e experiências nas comunidades colaborativas.
O surgimento de novas empresas – em sua maioria start-ups – com modelos de negócio voltados ao compartilhamento tem amadurecido esse mercado. Hoje, os serviços são enquadradas em diferentes classificações de economia compartilhada.
GIG ECONOMY
Nessa classificação, entram empresas como Airbnb, Uber e similares. Elas conectam usuários aos prestadores de serviço por meio de uma plataforma digital. Cada vez mais, no entanto, são levantadas questões sobre as relações de trabalho entre aplicativo e prestadores de serviço.
A cultura do compartilhamento vai muito além da gig economy. Existem inúmeras classificações desse universo, mas aqui seguimos as definições do Fórum Econômico Mundial, lançada no relatório Collaboration in Cities: From Sharing to ‘Sharing Economy’.
ECONOMIA ON-DEMAND (ODE)
A economia on demand, ou seja, os apps de streaming (como Netflix e Spotify) também são considerados modelos de negócio de compartilhamento, já que o usuário nunca “possui” as músicas e o audiovisual dos quais usufrui. Serviços desse tipo oferecem uma dinâmica de coleta dados para personalizar o serviço ou oferecer preços dinâmicos. ODE refere-se à velocidade de resposta na prestação do serviço, e pode, ou não, incluir elementos de compartilhamento e comunidade.
PEER-TO-PEER ECONOMY
A peer-to-peer economy é aquela que conecta um usuário ao outro, oferecendo serviços de um para o outro. BlaBlaCar empresa francesa de caronas e EasyRoommate de compartilhamento de casas são alguns exemplos.
As empresas de economia colaborativa vão um pouco mais longe que as da categoria peer-to-peer: mais do que conectar dois usuários, elas intencionam criar sistemas econômicos internos, como marketplaces. É o caso de serviços de reuso de roupas, como Thred Up, marca americana, Enjoei e Repassa, bons exemplos brasileiros, ou mesmo sites de vendas como Ebay, Mercado Livre e Rakuten.
CROWD ECONOMY
Esse tipo refere-se a um grupo de participantes conectado através de uma plataforma com o objetivo de alcançar um objetivo de interesse mútuo. A crowd economy tomou muitas formas, incluindo “crowdsolving“, “crowdfunding” e “crowdvoting”, onde o incentivo pode ser monetário ou assumir a forma de reconhecimento pela possibilidade de atingir determinado resultado.
O elemento comum desse tipo de economia alternativa é a formação de uma comunidade com propósito comum, que pode obter acesso a uma maior variedade de recursos (conhecimento, dinheiro ou outros) para realizar metas coletivamente definidas.
Como diz o velho ditado, ‘a única certeza é a própria mudança’. As duas últimas décadas viram um turbilhão de mudanças tecnológicas, desde um aumento no poder de processamento, até a criação de uma rede global que permeia todos os aspectos de nossas vidas.
Esses desenvolvimentos também criaram novos caminhos para a mudança social, permitindo transformações importantíssimas. A cultura de compartilhamento é um grande facilitador para que essas mudanças ocorram, e carrega com si diversos benefícios: consumo consciente, economia rentável, crescimento de conexões e outras tantas.
Mas o rumo desse sistema não é claro. Por isso, empresas devem sempre acompanhar as tendências e as mudanças do meio de tecnologia e inovação, já que estão intimamente ligadas ao mundo dos negócios.