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Como se define uma gestão de mobilidade corporativa inteligente?

Escrito por Luiz Moura | 01/11/19 19:08

Na última quinta-feira, dia 31/10, ARGO, VOLL, ALAGEV e Loureiro Consultores se uniram para promover um webinar sobre mobilidade corporativa inteligente. O pano de fundo do bate-papo ficou por conta da provocação sobre como colocar a multimobilidade dentro de um programa de viagens nas empresas.

Se você é gestor de viagens, de transporte, de frotas ou tem interesse em entender o que o mercado entende como mobilidade corporativa inteligente, sugerimos não apenas a leitura deste post, mas também assistir à gravação desta produtiva conversa.

O que é mobilidade corporativa?

Este termo adquiriu diversos significados ao longo dos últimos anos e, mesmo assim ainda continua em metamorfose. Mobilidade, por si, já serviu para nos referirmos à capacidade de nos movimentarmos ou de nos comunicarmos. No entanto, com o advento das tecnologias móveis (os idolatrados aplicativos), mobilidade deixou de ser uma palavra com denotação simples e passou a se tornar uma referência mais ampla sobre diversos aspectos das nossas vidas — inclusive corporativas.

Para trazer à tona o tema mais em voga do momento, o webinar trouxe profissionais experientes, de organizações de referência, para apresentar seus entendimentos sobre o que é mobilidade corporativa. O bate-papo foi tão produtivo, que se estendeu para além da duração prevista — o que certamente foi apreciado pelo mais de 400 espectadores que permaneceram online até o fim da discussão.

Dentre os painelistas, Alexandre Cordeiro, Head of Product and Marketing da ARGO, comentou que “de uma maneira simplificada, mobilidade corporativa é uma estrutura que oferece uma variedade de modais e de opções, para que toda a população de uma corporação possa não somente ir do ponto A ao ponto B, mas também exercer seus papéis e cumprir seus objetivos — utilizando estas opções de maneira simples, eficiente e segura”.

O conceito de corporativo foi ampliado na ótica das organizações públicas, para o debate. No entendimento de Yuri Batista, gestor governamental da Prefeitura de São Paulo que participou do projeto recente de atualização da gestão de mobilidade do órgão, “diferentemente do setor privado, no setor público a mobilidade corporativa é comumente referida como transporte interno. Órgãos públicos trabalham com um amplo escopo e diversidade de tipos de mobilidade, que exige agilidade para atender a população”.

Fernão Loureiro, consultor e gestor de mobilidade há mais de 13 anos, reforçou que o conceito e o contexto da mobilidade corporativa está representado em duas esferas que se interconectam. No ponto de vista do indivíduo, mobilidade está relacionada à capacidade de transitar entre pontos. Já na perspectiva do gestor de viagens, adiciona-se a necessidade de custo baixo, acesso fácil, conforto e atendimento à forma de pagamento — que também é importante para as empresas. “Gestão de mobilidade corporativa é pensar como indivíduo, mas com o olhar corporativo”, finaliza.

Fernão ainda comentou que “o mercado de viagens corporativas é muito complexo e, por este motivo, exige-se bastante conhecimento, estudo e atualização constante. São muitas camadas de integrações necessárias para se conseguir gerir a mobilidade de uma organização que tenha, por exemplo, milhares de viajantes que precisam se locomover.”

Mobilidade inteligente é, às vezes, não ter que se deslocar

Para a Head de B2B da VOLL, Jordana Souza, mobilidade corporativa inteligente está diretamente ligada ao uso e à evolução da tecnologia. “A força de trabalho hoje em dia é, em grande parte, mobile. Existem estudos que indicam que 37% dos trabalhadores do mundo utilizam seus smartphones como principal ferramenta de trabalho. Diante disso, (mobilidade corporativa) envolve ter uma solução integrada à palma da mão, com usabilidade agradável e próxima da experiência de uso particular de tecnologia, e que também consiga dar visibilidade para os gestores”.

“Mobilidade corporativa envolve várias instâncias. No meio do caminho entre o ponto A e o ponto B, é preciso garantir que seu colaborador tenha uma Internet de qualidade, que ele possa contar com um ponto de apoio — seja de um coworking ou de uma própria unidade da empresa etc. É importante pensarmos o que podemos prover para que, no meio deste caminho, a vida deste viajante corporativo seja mais segura e mais confortável”, ressalta Jordana.

Mobilidade inteligente é muito mais que um deslocamento, segundo Suzana de Miranda, Regional Marketing da ARGO. “É uma experiência que precisa requerer diversos stakeholders ou modais, para que seja uma experiência positiva”, comenta.

Yuri Batista, da Prefeitura de São Paulo, salientou a importância do quesito transparência dos dados de mobilidade para uma gestão inteligência, sobretudo para o gestor público. “A gente não pode falar sobre inteligência no setor público sem falarmos sobre transparência”, afirma.

O aspecto da produtividade também foi levantado por ele, exemplificando os casos em que a escolha de um servidor por uma modalidade de transporte que exija um tempo de espera elevado afeta diretamente as entregas deste profissional — o qual, neste cenário, tem seu tempo disponível de trabalho comprometido.

O Diretor Executivo da Associação Latino Americana de Gestores de Eventos e Viagens Corporativas (ALAGEV), Eduardo Murad, comentou que o tema mobilidade tem sido discutido frequentemente nos fóruns da entidade. “A tecnologia trouxe uma visibilidade e uma transparência muito maior, no ponto de vista de gestão”, comenta.

Sobre a experiência do viajante, Eduardo disse que “é preciso equilibrar a experiência do usuário e o custo. Hoje, estamos em um contexto de gestão de mobilidade e de viagens conhecido como TCO (total cost of ownership, em inglês, ou “custo total com mobilidade”). (Todas as despesas da viagem) têm que estar no expense management, para que a empresa tenha uma visão completa”.

“A atualização digital é uma realidade e as empresas precisam aderi-la. Aquela que não aderir vai ficar para trás e, não havendo a visibilidade do positivo, certamente haverá visibilidade para o negativo”, finaliza.

 

Barreiras, dificultadores, incentivadores e facilitadores da evolução da gestão de mobilidade

Para saber quais são as práticas e ferramentas já disponíveis, que afetam direta ou indiretamente a gestão de mobilidade, clique no vídeo abaixo para assisti-lo e se inteirar mais.

Se preferir, há uma versão somente com o áudio, neste link aqui. Aproveite o conteúdo!