As constantes transformações na forma de ser de empresas e profissionais têm contribuído para que as necessidades pessoais e coletivas alternem de prioridade. Antes das recomendações de isolamento social, era provável que você tivesse interesse em adquirir um produto ou serviço que, dada a atual circunstância, pode ter deixado de ser uma necessidade latente.
Quando falamos dos programas de mobilidade nas maiores corporações do país, isso também aconteceu. O olhar voltado para um uso do transporte com economia deu lugar à preocupação com a saúde, a segurança e o bem-estar de quem o utiliza. Estes são os novos protagonistas do tema.
A ordem de prioridades (aqui, parafraseando Maslow) se movimentou tanto durante os últimos meses, que sentimos uma real necessidade de trazer este tema como pauta de discussão. Por isso, te convidamos a fazer uma reflexão sobre como você tem se adaptado neste cenário (em que adaptar-se parece ser a única prerrogativa fundamental para todos nós), enquanto faz a leitura deste artigo.
Falando especificamente do uso de transporte a trabalho, de uma coisa não há como discordar: segurança é prioridade. A verdade é que sempre foi, mas agora esta questão está mais evidente e exige uma atenção redobrada tanto das empresas quanto dos profissionais que precisam se movimentar a trabalho.
Então, é correto afirmarmos que a segurança tomou lugar do menor custo, do conforto, das multitarefas e do entretenimento? A resposta é que não.
Em uma escala de prioridades, as empresas não conseguem eleger um atributo para permanecer intocável, no alto do ranking dos itens que exigem sua maior atenção. A segurança do colaborador sempre foi um tema de muita preocupação pelas empresas. E a verdade é que ela não esteve sozinha neste pódio.
A escolha por utilizar os recursos da companhia de forma consciente e econômica também é de suma importância. Afinal, sem manter a saúde financeira da sua organização, é improvável que ela consiga elencar esforços para manter seu trabalho e, veja só, a sua segurança.
O conforto é algo importante, também. Muitos profissionais que têm rotinas externas conseguem descrever exatamente o impacto de uma viagem mal feita em sua performance em reuniões, eventos ou treinamentos. Os resultados têm relação direta com a qualidade de vida de nossos times de trabalho, e este também é um tema de alta prioridade em grande parte das corporações.
Sem necessariamente dominar a atenção de todos os dirigentes e gestores de mobilidade país afora, o que aconteceu mais recentemente foi que o tema de segurança (que, agora, envolve ainda mais fortemente os quesitos saúde e higiene) tomou tamanha proporção que ofuscou os outros pilares das necessidades corporativas, antes amplamente difundidos. Eles não deixaram de existir. Ainda estão ali, mas sustentando uma atenção — necessária, vale relembrarmos — para a integridade física e mental de nossos colegas profissionais.
Em um dos episódios da VOLL Live, na primeira quinzena de junho de 2020, os participantes foram convidados a evidenciar seus principais desafios à época. “Qual é a principal dor que você pretende resolver na gestão de mobilidade da sua empresa?” foi a pergunta. Dentre as respostas, os resultados mais frequentes foram “saúde mental”, “segurança”, “segurança do viajante”, “inovação” e “duty of care”.
Estes termos provavelmente não seriam os protagonistas de uma interação com esta há um ou dois anos. Fato é que estas questões se tornaram pautas fixas nas conversas de gestão, pois elas retratam uma nova vertente de necessidades profissionais e pessoais, que se fundiram em um conjunto de carências universais neste momento.
No que se refere à mobilidade a trabalho, a resposta para estes levantamentos nasce um pouco antes do trajeto, do deslocamento e da viagem em si. Em um mapeamento que chamamos de “jornada do viajante”, precisamos entender quais são os atos e pontos de contato deste profissional desde sua preparação para iniciar uma viagem até o seu retorno oficial à sua residência.
Em suma, antes de uma pessoa da equipe entrar em um veículo para ir para um compromisso a trabalho, é preciso se atentar às questões de saúde e segurança nas etapas anteriores a esta. Por exemplo, como o colaborador vai chamar seu veículo? De qual recurso ele utilizará para fazer o pagamento deste deslocamento (priorize sempre as oportunidades de pagamento conhecidas como touchless — como a existente pelos pedidos de veículos no aplicativo VOLL)?
Na sequência, chegando ao local de destino, como esse colaborador vai se guiar para sua próxima atividade? Uma reunião presencial, uma visita comercial ou uma refeição: todos os pontos precisam ser mapeados para que possamos provê-lo com o máximo de informações orientativas possível, para que ele se sinta e esteja em segurança.
“Se você tiver uma boa comunicação, souber quem é o seu viajante — incluindo o propósito de sua viagem — e conhecer os recursos que a empresa tem a dispor deste profissional que precisa se movimentar, você tem ferramentas para poder acompanhar este viajante, principalmente neste momento de pandemia”, comentou Nayara Passos, Gestora de Viagens do Grupo SADA.
Neste ínterim, vale lembrar, o mercado de mobilidade se reinventou, de forma a compartilhar das novas regulamentações e também de prover uma sistemática de transporte segura para que a sociedade se mantivesse ativa.
As novas necessidades também contribuíram para que um novo formato de mobilidade permeasse no dia a dia das empresas. Sair de um ponto A e chegar a um ponto B começou a convidar novas perguntas, que antes não eram comumente feitas ou simplesmente não existiam.
Como exemplo prático, a dúvida “É de fato necessário que eu faça este deslocamento?” passou a ser acompanhada de “Qual é a forma mais segura de fazer este deslocamento?”, dentre outras tantas que podemos pensar enquanto lemos este artigo.
Em uma pesquisa feita pela VOLL, em seu perfil no LinkedIn, perguntou-se a vários profissionais qual seria a competência mais necessária para um gestor de mobilidade em uma corporação. Quase metade (48%) dos respondentes apontaram que a empatia é uma habilidade fundamental para o atual momento.
Não é de se surpreender que esta característica venha sido trazida à tona, uma vez que estamos vivendo um momento de acolhimento, entendimento e superação coletiva. Afinal, é comum vermos em eventos a pauta sobre como o olhar para o outro tem evoluído desde que fomos apresentados a um vírus com escalas globais em nosso dia a dia.
E, para você, qual é uma competência necessária e que precisa ser enaltecida neste momento atual?